quinta-feira, 28 de abril de 2011

jamais diria isso em vão.

Eu não estava nenhum pouco sóbria. Infinitas questões vagavam em minha mente. Certezas se acertavam no meu coração. E de repente te vi parado na minha frente dizendo que tem medo. E eu que nunca fui muito boa com palavras, nem com gestos. Fiquei quieta, tentando digerir as tuas palavras. Medo não é falta de confiança? E então te ouvi dizer por diversas vezes que você não confiava em mim, não propriamente com essas palavras. Eu pensei por horas numa forma de te tirar o medo. Eu poderia somente segurar sua mão e te levar comigo, mas você viria? Então, esperei ficar sã. Tomei um banho frio e aqui estou... tentando te tirar o medo. Tem coisas que também estão entaladas aqui na garganta e eu gostaria que você tomasse consciência disso. Eu amo você e seria a mulher mais feliz do mundo se você permanecesse do meu lado o tempo suficiente para que a gente construa um futuro bonito: casa, filhos e um hamster talvez. Você sabe que eu não sei lidar com cães então fique satisfeito com o hamster, certo? Não tenha medo. Os meus olhos só conseguem enxergar você. E o espaço maior e mais aconchegante do meu coração é você quem ocupa. Eu te amo e eu jamais diria isso em vão.

domingo, 24 de abril de 2011

covarde

Você não grita seu amor, só o guarda pra si. E o faz de forma tão discreta que ninguém sabe o que você sente. Aí você diz pra eu confiar em você. How? Desculpa, eu não confio em alguém que se contradiz por todo o tempo. Você complica coisas tão triviais, isso é tão medíocre da sua parte. Por que tirou a minha paz se não pretendia ficar?

sexta-feira, 8 de abril de 2011

não me olhe assim.

Você ficou me observando. Calado. Jogava o cabelo no rosto quando eu te olhava. Como se eu não te reconhecesse a quilômetros de distância, achando que eu não senti seu cheiro quando você entrou naquele bar. Fingi que não te vi me observando. Fingi não ver seu olhar descarado me rodeando e desejando cada milímetro do meu corpo. Me despindo inteira. É esse nosso defeito. A gente se deseja demais... E amor que é bom? A gente não se ama. Nunca se amou. Bom mesmo é estar entre quatro paredes com você! Mas e depois? O depois nunca existiu. O futuro que traçamos pra nós sempre foi vago e impossível de acontecer. Mas um dia isso bastou. Um dia fui feliz ao seu lado. A minha dúvida é: quando foi que tudo aquilo deixou de ser mágico?

Jehnny Medley Neco

sexta-feira, 1 de abril de 2011

medo

Mas eu tenho medo. Medo de ser sua. É trauma, eu sei. Me ensina a perder isso? Segura a minha mão e me leva contigo. Me mostra que não há perigo. Me encara e diz que meu coração não será dilacerado, que no máximo ele sofrerá alguns arranhões. Eu que tantas vezes te pedi para se arriscar agora me encontro acuada nesse canto com medo! medo do agora e do depois. Preciso repartir contigo o que sinto. Venha aqui. Me abraça. Diz que tudo ficará bem, que as coisas se acertarão aos poucos. Me conforte de alguma forma. Diz que é assim mesmo e que essa insegurança é causada pela ânsia de amar.


Jehnny Medley Neco